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abril 4, 2012A qualidade das águas dos rios das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) melhorou, segundo o Relatório de Qualidade das Águas Superficiais do Estado de São Paulo, divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Em 58% dos pontos monitorados, a qualidade da água em 2011 esteve boa e ótima. Apenas um dos pontos, em Piracicaba, a qualidade foi péssima. A melhora verificada na região deve-se, segundo o relatório, ao crescimento no tratamento de esgoto nas cidades da bacia.
O Rio Atibaia, principal manancial de abastecimento de Campinas, apresentou qualidade boa, com exceção do trecho de Paulínia, com qualidade regular. Segundo o relatório, nesse trecho final concentram-se os lançamentos domésticos e industriais, resultando em valores elevados de fósforo total e ocorrência de toxicidade, com destaque para os meses de junho e novembro de 2011, em que houve uma piora do índice.
Campinas, diz o relatório, mesmo tratando uma porcentagem superior a 60% de seu esgoto (a Prefeitura diz que trata 80%), ainda possui uma elevada carga remanescente de matéria orgânica. A melhora observada nos dois últimos anos esteve associada à implantação de novas estações de tratamento. Parte do esgoto doméstico de Campinas, mesmo tratado, é lançado no Ribeirão Anhumas, afluente do Atibaia.
Na Bacia PCJ nenhum dos contaminantes avaliados no levantamento ultrapassou o limite acima do qual a probabilidade de ocorrência de efeitos nocivos sobre o meio ambiente. No Rio Corumbataí, os sedimentos foram considerados de ótima qualidade. Nos outros pontos amostrados dessa bacia o diagnóstico da qualidade química dos sedimentos foi bom na captação de Sumaré no Rio Atibaia, e no reservatório Jaguari, ou regular no Rio Atibaia na Captação Campinas e Reservatório de Salto Grande. Nestes locais foram encontrados contaminantes inorgânicos como cobre, zinco, fósforo, cromo, níquel, zircônio, arsênio e orgânicos como fenantreno, naftaleno, benzo(a)pireno, fluoranteno e pireno.
A qualidade do Rio Capivari, outro manancial de abastecimento de Campinas, também melhorou nos trechos de Louveira, Campinas e Rafard. Segundo a Cetesb, essa melhora deve estar associada à entrada em operação das estações de tratamento de esgotos (ETEs) Capela, em Vinhedo, e Monte Mor, que ampliaram a porcentagem de tratamento de esgoto na bacia do Capivari.
Em todo o Estado, o relatório aponta para uma melhora na qualidade das águas nos rios paulistas, em 2011, em decorrência principalmente dos investimentos realizados em saneamento, a partir de 2006, aumentando o índice de tratamento do esgoto doméstico de 40% para 55%. Essa melhora é, ainda, resultado das ações de controle das fontes industriais efetuadas pela Cetesb.
Conforme a agência ambiental, 86% dos pontos monitorados mantiveram, em 2011, classificações como ótima, boa e regular. Dos 198 pontos de amostragem, onde foi possível estabelecer uma série de 1996 a 2011, 17 apresentaram uma tendência de melhora, relacionada principalmente a melhorias no sistema de saneamento básico.
No entanto, o esgoto doméstico é, ainda, o maior responsável pela presença, acima dos padrões estabelecidos pela legislação, de indicadores de poluição das águas como coliformes termotolerantes, fósforo total, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), nitrogênio amoniacal e surfactantes, bem como de ferro, alumínio e manganês. Metais como zinco, cádmio, mercúrio e chumbo, que estão associados aos lançamentos de efluentes industriais, apresentaram pequeno número de resultados desconformes, o que indica a eficiência no controle das fontes industriais no Estado.
Despoluição
Os técnicos que atuam no Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) fizeram as contas e chegaram à conclusão que, com os recursos do programa de cobrança pelo uso da água, verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de outros programas, os rios da bacia só estarão despoluídos em 2035, tarefa que irá consumir R$ 3,2 bilhões.
Fonte: www.rac.com.br