‘Cadinho’ da vida real é preso por cárcere privado e agressão
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outubro 8, 2012Segundo delegada, mãe disse que a criança seria ‘filha da vergonha’.
A dona de casa Silvana de Brito, de 39 anos, que admitiu ter matado a filha recém-nascida asfixiada e depois escondido o corpo em uma mochila dentro do guarda-roupa durante dez dias, em Indaiatuba (SP), disse que o motivo do crime é o pai da criança, seu padrasto de 79 anos, que a criou desde os 3 anos. Segundo a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Ruth Daniel de Souza, a mãe chegou a afirmar, durante o depoimento, que matou por considerar que o bebê seria “a filha da vergonha”.
“Ela era filha do meu padrasto. Desde a hora que nasceu eu não sabia o que fazia, se eu chamava alguém. Me deu um negócio que eu acabei matando aquela pobre criança, que eu não queria matar”, contou a dona de casa.
Silvana negou que tinha um caso com o padrasto e afirmou que há um ano ele fazia chantagens para ficar com ela. “Ele me ameaçava e se não tivesse [relações sexuais] ele mexia com qualquer um da minha família. Além disso, ele ameaçava me matar”, relatou.
Silvana foi levada para a delegacia de Indaiatuba na tarde de segunda-feira (17), após a polícia encontrar o corpo dentro da casa onde ela vive, no bairro Monte Verde. Segundo a delegada, a mulher deu à luz no banheiro com nove meses de gestação e matou o bebê asfixiado em seguida. O corpo foi colocado em um saco plástico dentro de uma mochila escolar e escondido no guarda-roupa do quarto.
O caso foi descoberto pelo ex-marido, quando ele foi até a casa visitar quatro dos oito filhos que tem com Silvana e suspeitou do cheiro forte. Ele também relatou que estranhou a perda de barriga repentina da ex-parceira. O casal está separado há um ano. O homem procurou o Conselho Tutelar para informar a suspeita e depois encaminhou a denúncia à DDM. Quando os policiais chegaram na residência, conseguiram localizar o corpo em um cômodo, que estava trancado.
Silvana foi presa por ocultação de cadáver e homicídio. O bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico.
fonte:g1