Zé Dirceu é souto
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novembro 20, 2019Em maio de 2017 o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), instalou e fez start-up de um software de Monitoramento de Energia Elétrica (SMEE), que faz o monitoramento (leituras e envios de dados em tempo real) das medições de energia elétrica dos 17 setores ligados em média tensão, tais como Estações de Tratamento de Água (ETA’s), Captação de Água Bruta (ECA’s), Centros de Reservação (CR’s) e Estação de Tratamento de Esgotos (ETE). Esses setores correspondem a aproximadamente 90% (noventa por cento) dos gastos com energia elétrica do SAAE, os 10% (dez por cento) restante são 53 setores ligados em baixa tensão.
O SMEE consiste em equipamentos (gateway) ligados em paralelo aos medidores da CPFL (Companhia Piratininga de Força e Luz), fazendo medições em tempo real de consumo de energia elétrica, demanda consumida e consumo de energia reativa. Esses dados são coletados pelos gateways e enviados via GPRS (comunicação via pacote de celular) para o software, onde o mesmo recebe esses dados e os armazena em um banco. Criando assim um banco de dados que nos permite fazer simulações de como podemos alterar os contratos mais assertivamente. O software também monitora se algum setor está com o consumo reativo que são passiveis de multa, quando ocorrido o próprio sistema alarma e informa quantos capacitores e seus valores para serem instalados para correção do consumo reativo evitando o pagamento de multas.
Em meados de 2018 com um banco de dados mais completo e um melhor entendimento do funcionamento dos sistemas individualmente, conseguimos verificar que alguns setores do SAAE poderiam ser enquadrados em melhores contrato, mudando suas demandas contratados e seus sistemas horasazonal contratados, isso possibilitou alcançar uma economia de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) acumulados em 12 meses.
A economia não foi em números absolutos, devido ao aumento autorizado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2018 tivemos um de 22% (vinte e dois por cento), muito superior aos anos anteriores que gerava em média de 10% (dez por cento), além da subvenção tarifária, também autorizada pela ANEEL, que entrou em vigor e incide em 17% (dezessete por cento) no valor das contas.