A região de Campinas terá o nono dígito nos números de telefone celular até dezembro de 2013. Com o algarismo, a capacidade de linhas salta de 37 milhões para 90 milhões no código de área 19, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ao todo, 8,360 milhões de linhas serão afetadas na região.

O cronograma de mudanças da agência começa no início do ano que vem e inclui todos os códigos de área brasileiros. A área de DDD 11, que engloba São Paulo e outros 64 municípios, tem o novo algarismo há dois meses. A Anatel determinou um período para a adaptação da população, que expirou no dia 17 de outubro. Desde então, ligações para celulares daquela região que não são precedidas pelo número 9, não são completadas.

A expansão para o restante do País foi determinada para padronizar as discagens para telefonia móvel e evitar confusões. Em dezembro de 2016, todas as cidades do País terão o nono algarismo. Não há alteração para os telefones fixos. Pelo cronograma da agência, as mudanças serão feitas aos poucos. D-epois do Interior do Estado, a medida será adotada nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que terão os números alterados até o final de janeiro de 2014; Maranhão, Roraima, Amazonas, Amapá e Pará (fim de 2014); em Minas Gerais e nos estados do Nordeste, exceto Maranhão (até o fim de 2015); e, por fim, nas regiões Sul, Centro-Oeste e nos estados do Acre, Rondônia e Tocantins (até dezembro de 2016).

O objetivo da alteração em São Paulo foi ampliar o número de combinações de números. Hoje, já estão em uso ou aprovadas para a venda pela Anatel, 42 milhões de linhas com código de área11. Isso é quase a totalidade das combinações possíveis – 44 milhões. O código de área 12, que abrange o Vale do Paraíba, o Litoral Norte e os municípios da Serra da Mantiqueira, também está com a capacidade de linhas no limite. A introdução do 9 permitirá que combinações de oito dígitos hoje disponíveis apenas para linhas fixas, ou seja, iniciadas por 2, 3, 4 e 5, sejam usadas também para os celulares.

Reação

Os campineiros não gostaram da ideia de ter que digitar mais um dígito para completar ligações a celulares. “A mais trabalhoso será mudar todos os números já gravados na agenda eletrônica” , disse a assessora jurídica Aline Etsuko Correa, de 30 anos. Já a bancária Evandra Ferreira, de 42 anos, disse que vai demorar para se adaptar. “Preciso ligar a todo momento para celulares de código de área 11 no trabalho, e sempre esqueço de colocar o 9 na frente. É irritante. Agora, com o nono dígito em Campinas, a confusão vai ser ainda maior” .

Fonte: RAC